A nova gestão municipal de Milagres vai enfrentar grandes dificuldades de ordem financeira neste primeiro ano de mandato. Quem revelou foi o Prefeito Municipal, Cícero Figueiredo, em entrevista concedida ao programa ‘Bom Dia Cariri' da Rádio Gospel FM de Juazeiro do Norte, na manhã desta quinta-feira (14), quando esteve acompanhado do Vice-Prefeito, Anderson Eugênio. Em estimativa elaborada pela equipe contábil da Prefeitura para o exercício 2021, projeta-se um déficit de R$ 4.692.000,00 (quatro milhões, seiscentos e noventa e dois mil reais). É como se a cada mês deste ano, a Prefeitura ficasse devendo R$ 391 mil. "Fizemos um levantamento prévio, um levantamento de receita e despesas para 2021. Na situação que estamos hoje, nossa previsão é de um déficit de quase R$ 4,7 milhões ao final do ano. Ou seja, com a receita que nós temos atualmente, com a despesa que nós temos, sem inserir nenhuma outra despesa, chegaremos ao déficit de quase R$ 4,7 milhões ao final do ano", revelou. Figueiredo ainda ressaltou o comprometimento financeiro da Prefeitura por conta dos parcelamentos anteriores e da suspensão da cota patronal da Previmil. "Uma das situações foi a suspensão do pagamento da cota patronal [da Previmil] por ocasião, inclusive, da situação financeira do Município, em meados do ano passado. Naquela oportunidade, nosso Regime Próprio de Previdência Social se mostrava numa condição de difícil cumprimento das obrigações, principalmente da cota patronal. O prefeito Lielson [Landim] submeteu à Câmara uma proposta de suspensão do pagamento da cota patronal no período de março a dezembro [de 2020]. Encerrado esse período que a lei previa, essa conta que é algo em torno de R$ 3 milhões, nos vem para que nós possamos parcelar. A gente já começa comprometido porque já existem dois parcelamentos anteriores, algo em torno de R$ 33 mil reais. E agora soma-se um novo parcelamento algo em torno de R$ 60 mil reais, com quase R$ 100 mil reais comprometidos [mensal]", afirmou. Figueiredo, contudo, contou como pretende enfrentar o desafio financeiro neste primeiro ano de gestão. "O que nos resta numa situação dessa é ganhar o mundo mesmo. Buscar investimento para município, tanto privado, tanto público, fazer parcerias", apontou.